segunda-feira, 30 de março de 2009

Música das Esferas - Músca e Astronomia - Uma Cosmologia Sonora entre Homens e Céus

Há mais de 300 a.C Pitágoras falou da música das esferas. No CRA-Centro de Referência de Astronomia - PE há um projeto de pesquisa, liderado pelo professor e maestro Givanildo Amâncio que busca, por similaridade de métodos investigar a possibilidade de música das esferas, music sky, partindo do princípio de que todo corpo celeste ao movimentar-se gera algum tipo de "freqüência", que por comparação poderá ser mensurada e servir de alicerce para construção de um novo padrão/sistema de música macrotonal para o planeta Terra.

A primeira parte do vídeo trata romanticamente essa idéia, já incluindo imagens cooptadas pelo Hubble e uma música composta pelo maestro Gil, Sinfonia chamada Gyamdasi. A segunda parte apresenta outro projeto de música nos cemitérios como forma de homenagear todas as pessoas que faleceram partindo do princípio que as pessoas, como estrelas, que morreram continuam vivas no coração e na memória de quem ficou. No caso das Estrelas a Luz delas, mesmo após a morte continuam viajando no espaço. Portanto, devemos sempre fazer um Concerto Para Vida.

Uma coisa que poucas pessoas sabem é que no universo existe um lugar de berçário de estrelas e cemitério de estrelas. O que observamos é apenas o trânsito delas, seja com massa sólida ou aglomerado de fótons (partículas de luz).

Isso também ocorre em termos micro - com os seres humanos (mini pontos de luz). Cada pessoa tem sua lua própria traduzida no nível de conhecimento e informação que portam em suas almas, em suas mentes. O nível de cintilação de cada pessoa é diretamente ao seu nível de entendimento/conhecimento.

Os Seres Humanos passam por mutações semelhante as estrelas. Quando uma pessoa vai nascer a fecundação prima habita num complexo de golgi. Uma galáxia ou uma estrela também tem um cenário por comparação núcleo-celular, muito semelhante a um complexo de golgi.
As pessoas nascem, crescem, desenvolvem-se , entram em estado de decrepitude e morrem\se transformam, parte passa a ser carcaça e outra passa a ser luz - isso também ocorre com as estrelas.
A nossa inteligência, do latin inter-ligere, entre linhas, ou capacidade de ler e /ou entender entre linhas que temos como humanos, se processa por intercomunicações microquímias tecidas por impulsos elétricos comandados por uma central autônoma, ainda desconhecida, quase que totalmente, da ciência. O funcionamento dos espasmos psicoelétricos dos cérebros e processamentos mentais ainda não estão dominados por completo. O cérebro e a mente ainda constituem, de certa forma, um mistério para cientistas majoritários do século XXI. A forma, por comparação, de intercomunicação dos sistemas planetários e intergalácticos se processam também por movimentos presinápticos, semelhante ao cérebro com seus dendritos e braços axiais.

O mundo ou universo é composto por energia congelada, como afirmara Einstein. O micro e o macro funcionam em perfeita ordem e semelhança holográficas, inclusive. Talvez por isso, alguns antigos aconselhavam e indicavam que a sabedoria toda está dentro de nós. Se nos conhecermos estaremos conhecendo o universo.
Uma percepção até meio lúdica é que afirmam que o ser humano tem algo de sombrinho, como se cada pessoa tivesse uma lua cujo lado é claro e o outro é escuro - diz a psicologia. Há um lado escuro da lua que poderá fazer-nos surpresas. Esse buraco negro existe também no universo e os cientistas também não o conhecem.

Mas, por um princípio de lógica o contrário também é possível. Poderemos entender o micro que somos nós, estudando o macro, as estrelas e suas relações multifacetadas.
Se entendermos o sistema planetário e interplanetário; Se entendermos o cosmo; se entendermos os significados simbólicos e semióticos das estrelas e dos céus, estaremos entendendo a alma humana, através das ciências com terminação "gia´s", através das filosofias, mitologias, antropologias etc. Essas ciências são ferramentas de interpretações que funcionam como programas de computadores que lêem determinados arquivos.

Para não se distanciar demais do foco música das esferas, voltamos a tangenciar a relação das semelhanças dos micros sistemas e macros sistemas e exemplo dos modelos: sistema solar com um orbitais planetárias e um núcleo o meio e o átomo com mesma semelhança estrutural.
As notas musicais e suas distâncias entre si, por comparação de modelos, geram ecos orbitais, concêntricos e vórticos. Jogando uma pedra numa lâmina de água de um rio calmo, poderemos constatar, visualmente, o movimento das ondas isofórmicas do centro para extremidade. Essa corrente sonora ocorre no espaço ou meio interestelar, por ocasião do no nascimento das estrelas ou de um ser humano, expansões, contrações e espasmos violentos de dentro para fora.
Quando essas ondas circulares são distendidas em forma linear, temos uma configuração senoidal, umas das mais usadas para expressar leituras em espectógrafos-sonoros.
Daí por comparação poderemos medir a distância dos planetas do nossa sistema solar, por exemplo, a partir das distâncias dos intervalos musicais de tons inteiros ou semitons, podendo explorar ainda as comas musicais (subdivisões dos semi-tons), caminhando para medidas nanotecnológicas.

Outro aspecto curioso dessa relação dos mundos sonoros das estrelas e dos seres humanos é a vibração por simpatia, além da obediência a Lei dos Ciclos, pois tudo , desde de uma estrela de 5a grandeza como o sol até o micro-organismo , nasce cresce, vive e morre/se transforma continuamente em outras faixas de energias, do sólido a luz, como é o caso das estrelas e seus respectivos entes.

Vibração por simpatia favorece o ajuntamento de alguns corpos pela mesma freqüência dos campos eletromagnéticos. Podemos afirmar que parte significativa dos corpos celestes obedecem a esse princípio; As inter-relações humanas também, inclusive as ondas de fricção e explosão...
Mais do que nunca, vivemos numa era em expansão astronômica e ideológica, de certa forma, renascentista, interativista, cibernética e virtualizada. A cada momento vamos descobrindo que as coisas estavam na proximidade da nossa face e não percebíamos. Isso ocorreu com a divisão do átomo, antes indivisível. Isso ocorreu com a curva da luz, antes inexistente, etc. Precisa chegar alguém ou um movimento e dizer ou apontar o caminho.
Nesse sentido, Pitágoras há vários séculos antes de Cristo deixou a senha pela afirmação que os astros a se moverem geravam som. A soma desses sons seria a música das esferas. Há vários pesquisadores abordando e prospectando esse princípio. Nós temos certeza, mesmo que especulativa. de que uma investigação aprofundada, constataria a existência de vários campos freqüências, que por comparação seriam sonorizados e nos traria uma música macrotônica.

Possibilidade - I: criação de ambientação para percepção dos sons das estrelas

Não temos uma faixa auditiva humana preparada, nem tão pouco um sistema macrotonal totalmente montado, ainda. Esses são objetos dos pesquisadores interessados no tema. Em termos de premissas, há uma música cósmica que nos abrirá outros ouvidos e nos constituirá uma outra alma de compreensão. Ao final da pesquisa pretendemos interagir com os especialistas de pesquisas psico-neurológicas e psico-nanotecnológica para criação e implantes de chips na área do cérebro responsável pela compreensão musical, para que seja ampliada a produção de neuro transmissores, capazes de absorverem as informações dessa nova estrutura do sistema macrotonal. Isso representa apenas um dos objetos específicos de onde poderemos chegar, em termos de uso de massa, pois em termos de laboratório de pesquisa há experimentos processados e não divulgados por medida de segurança coletiva.

Possibilidade II - Escuta que se tornará natural e de forma direta:

Música das esferas será algo entendido e experimentado diretamente entre os seres humanos através das captações mentais feita diretamente dos cosmos. As crianças que estão nascendo, por força da interação e naturalização da interface com produtos tecnológicos e T.I - tecnologia da informação , em geral, sempre recebendo diversos estímulos, etc. já possuem outras estrutura de cérebro que suportará a curto-médio prazos essas novas informações macro-musicais. Essas captações serão feitas diretamente pelo cérebro a partir unicamente da vontade de percepção.

Possibilidade III - Música como terapia para crescimento interior de cada ser:

Se ficarmos parados num local com menor índice de ruído possível, escutaremos um som contínuo existente dentro de nós. Esse som representa a soma das freqüências diversas que portamos. Podemos chamar esse tom de nota resultante.
No planisfério há também a nota resultante do planeta, de cada sistema solar e do universo.
Por comparação, podemos afirmar que a nota do universo, ou nota musical resultante das sinfonias cósmicas, pode ser representada, na produção da voz humana pela silaba OMN, praticada milenarmente pelos orientais praticantes do yoga, como sistema/modelo sonoro eleito ara expressar a busca de sintonia com essa música cósmica. Buscar afinação e equilíbrio. Há algo curioso: os indivíduos que praticam meditação transcendental com esse princípio adoecem menos. Há pessoas que defendem religiosamente a prática como milagrosa. Mas quando fazemos isso ocupamos nossa cabeça com som e por isso ficamos sem tempo de adoecer ou se preocupar com ou alguma coisa. Por isso, vale, investirmos em gerar um reflexo condicionado para relax, para o tempo, aparentemente, "do nada". Esse é outro aspecto derivado do item música e astronomia.

Tudo passa ser muito interessante e em alguns momentos uma grande viagem, um desafio de ultrapassagens às correntes inexoravelmente cartesianas.

É possível gerar som & saúde a partir das músicas das esferas.

Abraços com sinfonias de som e luz
Prof. e Maestro Givanildo Amâncio. ´. givanildo.amancio@gmail.com
Currículo CNPQ:
http://lattes.cnpq.br/9601087238736662


Pequeno Video primeira parte Sinfonia Gyamdasi autoria Maestro Givanildo Amâncio - executada como exercíciolaboratório Orquestra Sinfônica Jovem Conservcatório Pernambucano de Música.

Fotografias de galáxias:

http://davidmalin.com/fujii/fujii_index.html
Por: Jorge Adoum:
A Música das Esferas Pitágoras disse: Deus geometriza. Pode-se, também, acrescentar: por meio do Som. De acordo com essa teoria pode-se deduzir que os sons estão determinados pelos princípios absolutos das matemáticas. Os sábios serviram-se dessa música geométrica para explicar suas concepções cósmicas, consubstanciada na teoria que esclareceu a geração dos intervalos e das interseções por meio da relação existente entre as distâncias harmônicas dos planetas. Segundo esta teoria, as notas Dó-Ré correspondem à distância entre a Terra e a Lua. Ré-Mi, à distância entre a Lua e Vênus. Mi-Fá, à distância entre Vênus e Mercúrio e assim por diante com relação às demais notas e planetas. O movimento de cada planeta produz uma nota correspondente à posição ocupada pelo astro e Pitágoras chamou tais sons de «música das esferas». Tal música, com seus sons, regula e anima as manifestações da vida em cada mundo. Todo corpo vibra e, conforme o número de ondas emitidas por segundo, ele indica a natureza do som produzido ao vibrar. A Ciência obteve a Escala de Vibrações e comprovou que seus valores progridem de 0 a 16.000.000 ciclos por segundo. Nosso órgão auditivo só pode perceber de 16 a 32.000 ciclos, sucedendo tal coisa tanto com os sons, como com as cores. Dispomos de ultra-sons e de infra-sons, que não excitam nossos ouvidos, assim como dispomos do ultravioleta e do infravermelho, no campo cromático, que não afetam nosso órgão visual. Todos os sons, audíveis ou não, provocam reações que, repetindo-se, vão, com o tempo, modelando nossa personalidade e sugestionando-nos para sentir e pensar conforme a índole dos mesmos. Entristecemo-nos ante uma marcha fúnebre, enquanto um hino marcial provoca e excita nosso ânimo. Isto demonstra, conforme já comprovado, que o som afeta, provoca e ativa reações químicas, exercendo certa influência em nosso organismo e moldando nossa personalidade. Todos os corpos são sensíveis às vibrações sonoras, sendo que cada um deles tem sua própria freqüência vibratória e nem todas as freqüências são audíveis ao ouvido humano. Há uma infinidade de corpos que emitem sons não captados por nossos ouvidos. Ora, se passamos o arco sobre uma corda vibrante do violino, produzimos uma vibração que é proporcional à sua longitude e será tanto mais baixa ou mais alta quanto maior for o número de vibrações emitidas por segundo, daí resultando sons mais agradáveis se tais sons forem mais variados. Os acordes que acompanham a nota fundamental são os que proporcionam maior riqueza de sons. Todos os corpos são sensíveis às vibrações sonoras e todos têm capacidade para gerá-las e de ser afetados por elas. Se passarmos o arco de um violino sobre um copo, este soa, e podemos reduzir esse som despejando água nele ou, melhor do que" água, álcool ou éter. Se, em tais condições, passamos novamente o arco sobre sua borda, além de produzirmos um som correspondente ao espaço vazio do copo, veremos formar-se, no líquido, uma série de gotas que saltam e formam uma espécie de estrela. Tome-se de uma lâmina de cristal suspensa sobre um cone de cortiça, de modo que suas extremidades fiquem no ar; recubra-se a lâmina com pó de licopódio ou areia fina e passe-se o arco do violino por um de seus lados. O som ou ressonância fará com que a areia fina forme uma estrela parecida com aquela que apareceu no copo d'água. Tapando a parte superior de um recipiente com uma pele de tambor ou com uma placa de látex e colocando-se um dispositivo em forma de funil que estabeleça comunicação com o interior, teremos criado um admirável instrumento ressonante. Espargindo sobre o látex uma camada finíssima de areia e emitindo em seguida um som, colocando a boca perto do funil, a areia formará uma série de figuras de caprichosos desenhos. Ao modificar a nota, modificar-se-ão os desenhos. Substituindo a areia por pós de licopódio e um pouco de glicerina e ao emitir um nome próprio sobre a boca do funil, a voz formará um quadro que retrata graficamente o conjunto dos sons emitidos. Mais ainda: cada letra do alfabeto forma, ao ser vocalizada, um conjunto diferente da outra e segundo o tom com que é pronunciada. Tudo isto justifica, cientificamente, a influência do som sobre a matéria.